A Ígnea Geologia & Meio Ambiente, representada pelo ceo e geólogo da empresa, Giancarlo Silva, esteve presente no seminário “Mineração e Transformação Mineral dos Minerais Estratégicos para a Transição Energética”, promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) que aconteceu nos dias 21 e 22 de fevereiro, em Brasília.
O evento contou com a presença de representantes da China, União Europeia, CNI e diversas empresas privadas. As discussões foram concentradas acerca das oportunidades que a transição energética apresenta para o setor mineral brasileiro, com enfoque na fabricação de baterias de lítio no Brasil e na indústria nacional de transformação mineral na cadeia de valor do setor.
O primeiro dia do seminário contemplou uma série de painéis, incluindo “Oportunidades da transição energética para o setor mineral brasileiro”, “Fabricação de baterias de lítio no Brasil” e “A indústria nacional de transformação mineral na cadeia de valor das baterias”.
A abertura do evento contou com a presença do ministro Alexandre Silveira, destacando a importância dessas discussões para o futuro energético e econômico do país.
No primeiro bloco, representantes da União Europeia, China e especialistas em políticas e indústria, como Maria Tereza Castro da Confederação Nacional da Indústria (CNI), discutiram as oportunidades de desenvolvimento da cadeia de valor das baterias de lítio no Brasil.
Jean-Pierre Bou, representando a União Europeia, expressou otimismo quanto às possibilidades de cooperação, afirmando:
Estamos todos motivados a explorar as oportunidades da transição energética para o setor mineral brasileiro”.
Da mesma forma, Shao Yingiun, da embaixada da China, reforçou o compromisso de colaboração entre os países:
A China está disposta a trabalhar com o governo e comunidade empresarial brasileira para fortalecer ainda mais a cooperação”.
Na sequência, o diálogo sobre a fabricação de baterias de lítio no Brasil trouxe perspectivas tanto do setor público, com a participação do Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, quanto da iniciativa privada, representada por nomes como Daniel Godinho da WEG, Edurdo Muñoz da Bravo Motors e Marcos Berton do Senai Paraná.
Por fim, o bloco 3 encerrou o primeiro dia de discussões com a participação de importantes empresas brasileiras do setor mineral, como Companhias Brasileira de Lítio (CBL), Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e Brasileira de Alumínio (CBA), analisando a posição da indústria nacional de transformação mineral na cadeia de valor das baterias.
Apresentando as diretrizes para a ampliação da oferta de minerais estratégicos e para o desenvolvimento da indústria de transformação mineral, o secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Vitor Saback, iniciou a programação do segundo dia do seminário “Mineração e transformação mineral dos minerais estratégicos para a transição energética”.
Há uma sinergia aqui dentro do MME quando falamos de transição energética e minerais, pois sabemos que transição energética só existe com os minerais estratégicos”, pontuou Saback.
Em sua apresentação, o secretário falou um pouco sobre o cenário mundial e mostrou as diretrizes da Secretaria Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SNGM) para a construção de políticas públicas e direcionamentos para o setor quando se trata desses minérios.
Trouxemos essas iniciativas para serem discutidas com o setor privado, com a academia e com os demais representantes do setor público”, afirmou o secretário. Dentre as diretrizes, estão a priorização para os atos de outorgas de pesquisa mineral e lavra dos minerais estratégicos; oferta de crédito por bancos oficiais para investimentos no Brasil; desenvolvimento da infraestrutura necessária; fomento à pesquisa, desenvolvimento e inovação; formação de mão-de-obra especializada, entre outras.
O seminário continuou com representantes da Vale S/A, José Luiz Marques; da Sigma Lithium, Ana Cabral; da Mineração Serra Verde, Thras Moraitis e do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Débora Matos, debatendo sobre “A produção brasileira de minerais estratégicos para a transição energética”.
A programação da tarde começou com a contribuição do diretor jurídico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Walter Baère, que apresentou as soluções de financiamento para a área mineral.
Segundo eles, a exploração e desenvolvimento; inovação e transformação; expansão e modernização e transição climática são eixos abrangidos pelas linhas de crédito fornecidas pelo banco.
O bloco 5 foi voltado para o tema “Políticas públicas e a expansão da oferta de minerais para a transição energética”.
Para contribuir com o assunto, o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Sousa; a pesquisadora em geociências e assessora da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Lúcia Travassos; e o coordenador-geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Marinhos e Costeiros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Edmilson Maturana, participaram do debate.
Finalizando o seminário, o painel “Apoio oficial ao desenvolvimento da indústria de transformação dos minerais estratégicos” reuniu representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), do Conselho Superior da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do setor Mineral (ADIMB) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).
Notas do Evento
por Giancarlo Silva
“No recente seminário sobre mineração e transformação mineral realizado em Brasília, intensificou-se o debate sobre o papel dos minerais estratégicos na transição energética. Com a presença de autoridades do setor e especialistas, o evento proporcionou um amplo panorama sobre as oportunidades que esta transição oferece ao Brasil, ao mesmo tempo em que delineou os principais desafios associados à exploração sustentável de recursos minerais.
Uma ênfase significativa foi colocada na necessidade de políticas públicas robustas para fomentar a pesquisa mineral, como ressaltado por Marcos André Gonçalves da ADIMB.
Ficou evidente que, para o Brasil capitalizar seu potencial mineral, é essencial uma colaboração efetiva entre governo e indústria, visando superar obstáculos e maximizar o desenvolvimento tecnológico e sustentável.
A discussão coletiva apontou para a importância de adotar uma estratégia integrada que concilie crescimento econômico com responsabilidade ambiental, destacando o papel vital do Brasil no fornecimento de minerais estratégicos para o mundo.”
Edição de Texto: Ígneabr
Fonte: Ministério de Minas e Energia
Imagens: Ígneabr / MME