Fosfato e Caulim Entre os Minerais em Destaque nas Áreas Descobertas pelo Serviço Geológico do Brasil
As multinacionais e investidores interessados na indústria mineral brasileira estão prestes a se deparar com oportunidades promissoras para expandir seus negócios no país.
No estado do Tocantins, Pará, Paraíba, Pernambuco e Bahia, áreas de prospecção mineral revelaram depósitos de grande magnitude, incluindo ouro, diamante, fosfato, caulim e agrominerais, fruto de levantamentos realizados peloServiço Geológico do Brasil (SGB) entre as décadas de 1980 e 1990.
Estas áreas estratégicas compõem os cinco ativos minerários que serão submetidos a leilão pelo SGB no dia 18 de outubro, às 10 horas, através do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
Os leilões dos cinco ativos minerários serão realizados pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) no dia 23 de novembro, às 10h, no auditório do Ministério de Minas e Energia (MME), situado no Bloco U da Esplanada dos Ministérios.
Inácio Melo, diretor-presidente do SGB, enfatiza que a disponibilização destas áreas para investimentos é a concretização de um trabalho que se iniciou há mais de três décadas, por meio dos levantamentos geológicos do SGB. Essas áreas representam uma oportunidade única de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico das regiões abrangidas pelos depósitos minerais.
Melo destaca:
Os leilões representam uma grande oportunidade para que estas localidades recebam investimentos e vivam, em um futuro breve, uma nova realidade. É preciso esclarecer que os leilões integram a primeira etapa do processo, quando os interessados fazem a oferta para adquirir um dos lotes disponíveis.
Ainda haverá outras quatro etapas a serem cumpridas legalmente. Mesmo sendo uma etapa inicial, a economia local será movimentada em curto prazo, gerando receita por meio do setor de produtos e serviços, considerando a chegada dos profissionais que serão responsáveis pela segunda etapa, que é da pesquisa mineral.”
Conforme a experiência de cidades que já passaram pelo processo de leilão de ativos minerários pelo SGB via PPI, a estadia de pesquisadores a partir da segunda etapa resulta em benefícios econômicos diretos para as comunidades locais.
Esses benefícios incluem receita gerada em hotéis, restaurantes, supermercados, farmácias e lojas de mantimentos, além da criação de postos temporários de trabalho.
Informações detalhadas sobre cada um dos cinco leilões, podem ser encontradas no link:
https://www.sgb.gov.br/publique/Acesso-a-Informacao/Leiloes-dos-Ativos-Minerarios-do-SGB-6571.html.
Projeto Agrominerais Aveiro (PA):
O projeto Agrominerais Aveiro engloba dois projetos do SGB: Gipsita Rio Cupari e Calcário Aveiro. Trata-se de três processos minerários de gipsita, abrangendo uma área de 2.887 hectares, localizados às margens do rio Cupari, afluente do rio Tapajós, no município de Aveiro, no estado do Pará.
Os estudos de pesquisa realizados pelo SGB revelaram a existência de jazidas com recursos minerais de mais de 350 milhões de toneladas, com alto grau de pureza. Além disso, há um depósito de calcário situado às margens do rio Tapajós, a cerca de 30 km das áreas de gipsita, com uma área de 998 hectares e recursos minerais de mais de 500 milhões de toneladas de calcário.
O projeto foi concebido para suprir o mercado de insumos agrícolas, possibilitando que o investidor explore tanto o calcário quanto a gipsita em uma única unidade produtiva.
O edital e os estudos detalhados sobre o projeto estão disponíveis no link: https://www.cprm.gov.br/publique/-7142.html.
Projeto Ouro de Natividade (TO):
O projeto Ouro de Natividade está localizado na porção sul do estado do Tocantins, a 220 km de Palmas e 620 km de Brasília, abrangendo uma área de 3.925,73 hectares. As atividades de pesquisa realizadas na área durante os anos 1990 incluíram fotointerpretação de feições regionais, mapeamento geológico em escalas de 1:5.000 e 1:1.000, abertura de poços e trincheiras, amostragem de solo com malhas específicas e execução de furos de sonda.
Os resultados indicam um depósito de ouro com teor médio de 1,02 g/t e volume analítico de 268.347,97 m3, totalizando 724.539 t de minério.
Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no link: https://www.cprm.gov.br/publique/-7144.html.
Projeto Diamante Santo Inácio (BA):
O Projeto Diamante Santo Inácio está localizado na porção centro-noroeste do estado da Bahia, no distrito de Santo Inácio, município de Gentio do Ouro. O projeto é composto por cinco processos minerários, abrangendo uma área total de 2.400 ha. O programa de pesquisa, realizado entre 1985 e 1989, incluiu mapeamento geológico, levantamento topográfico, prospecção geofísica, mais de 7 mil metros de sondagem e abertura de 22 poços de pesquisa.
Estudos recentes calculam a ocorrência de um depósito de aproximadamente 245 milhões de toneladas de minério diamantífero com teor de 0,75 quilates por cem toneladas, totalizando 1,8 milhão de quilates.
Mais detalhes sobre o projeto podem ser encontrados no link: https://www.cprm.gov.br/publique/-7147.html.
Projeto Fosfato de Miriri (PB/PE):
O projeto Fosfato de Miriri abrange áreas costeiras nos estados da Paraíba e Pernambuco, com pesquisas minerais conduzidas pelo SGB-CPRM. Essas pesquisas indicaram um potencial de 102,9 milhões de toneladas de minério fosfatado em sete processos minerários que totalizam 6.112,18 hectares, com teor médio de 4,19% de P2O5.
Para obter informações detalhadas sobre este projeto, consulte o link: http://www.cprm.gov.br/publique/-7603.html.
Projeto Caulim no Rio Capim (PA):
O edital para a cessão de área do minério caulim no município de Ipixuna do Pará envolve duas áreas pesquisadas: Bloco Sul e Bloco Norte, com um total de 10.000 hectares. No Bloco Norte, foram estimados 574 milhões de toneladas, enquanto no Bloco Sul o total de recursos foi de 218 milhões de toneladas de minério de caulim, totalizando aproximadamente 800 milhões de toneladas.
Para mais informações sobre este projeto, acesse o link:https://www.sgb.gov.br/publique/Acesso-a-Informacao/Leilao-Rio-Capim-(PA)-%7c-Caulim-7604.html.
Fonte de Pesquisa: Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Imagem: SGB – CPRM